quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL - Natal em clave de Sol




Natal em clave de Sol

Do. É o dom de voltar a começar cada dia, cada ano. Mas não como um destino do tempo, sucessivo que é mais do mesmo. Não. Um dom que é novo como a “Nova Evangelização”. Um dom que é uma oportunidade para aprender a esperança. O Natal significa que mesmo a crise não deve levar a posturas de passividade e de fatalismo. É o tempo para descobrirmos uma melodia nova até darmos com o tom adequado.
Re. Recordar e percorrer o caminho até Belém é tarefa de cada Natal. Recordar o futuro que já está oculto no passado. As mil e uma possibilidades latentes que esperam o tempo oportuno para se tornarem realidade.
Recordamos que vivemos sob o tempo de Deus e que Deus é fiel à sua promessa de levar o mundo à sua plena realização. E esta convicção alimenta a nossa esperança. O futuro não é uma ameaça; é uma meta que ressoa já no itinerário da vida: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9,2).
Mi. Missão. É Mirar. Apontar o nosso olhar até percebermos o milagre. Há muitas maneiras de olhar. Podemos fixar-nos nas recordações, na nostalgia e na saudade… Mas também podemos fixar-nos nas pessoas que estão cheias de sonhos; vermos processos de nascimento e de crescimento; vermos a vida escondida que começa a revelar-se. O Natal é o tempo de termos os olhos bem abertos porque «Nesse dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e, livres da obscuridade e das trevas, os olhos dos cegos verão. Os oprimidos voltarão a alegrar-se no Senhor, e os pobres exultarão no Santo de Israel» (Is 29, 18-19).
Fa. Fascinação diante do Menino deitado numa manjedoura. Fascinação que nasce desse encontro com o Evangelho, encontro feito fascínio e espanto com o mistério da pessoa e da obra de Jesus Cristo que, mesmo sobre a Cruz, manifesta plenamente a beleza e a força do amor de Deus.
Fascinação que leva à alegria de saber que Deus tem a última palavra. Que Deus revela a sua justiça e a sua glória, mas que só o olhar cristalino do coração consegue maravilhar-se diante do Menino que nasceu para nós.
Sol. O Sol que nasce das alturas e que se transforma em solidariedade é o outro nome do Natal. Especialmente em tempos de crise. Sabemos que o futuro está nas mãos de Deus. Que o seu tempo e a sua fidelidade não estão esgotados. Vivemos sob a sua palavra criadora e ressuscitadora. A Palavra fez-se carne e habitou entre nós, diz S. João. Esta palavra recria a existência e chama-nos a descobrir novos horizontes; estimula-nos a amar. Sabemos que o amor é o que faz viver e que dá vigor à vida. É o amor que nos faz cantar juntamente com os anjos: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens» (Lc 2, 14).
La. Não de lamúrias mas de labaredas de alegria: «Assim que o viram começaram a contar o que lhes tinha sido anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviram se admiravam com aquilo que os pastores lhes disseram» (Lc 2, 17-18).No Natal reconhecemos a mais-valia do amor sobre a nossa história e descobrimos que é a alma mais íntima de toda a realidade, a sua respiração e o seu alento vital.  É o amor que nos faz entusiasmar pela profundidade e pela beleza da nossa fé. É ele que nos impulsiona a transmiti-la aos vizinhos, aos filhos, aos netos, às gerações futuras.    
Si. Sim. É a grande palavra do Natal. É a nota musical que reúne todos os “sins” da nossa história e da história bíblica. Em primeiro lugar o sim de Deus ao criar o mundo e o homem: o sim de Deus a iniciar uma história de amor com a humanidade inteira. O sim de Israel a formar parte especial da história da salvação, o sim à sua vocação como povo comprometido com a aliança e com a sua missão de alargar a história do amor de Deus ao mundo inteiro, fazendo-a convergir no Messias Jesus. O sim de Maria como sinal condensado da resposta dos seres humanos aos surpreendentes planos libertadores do nosso Deus. O sim da Igreja em continuar a missão que recebeu de Jesus: Evangelizar. Evangelizar será a nossa maneira de ser, porque é a nossa identidade mais profunda, graça e vocação recebidas, vividas, correspondidas abrindo caminho a todos os homens para Cristo.
Do. Dom da Fé. Neste Ano da Fé, é importante compreender que «a Fé em Deus, neste desígnio de amor realizado em Jesus Cristo, é antes de tudo um dom e um mistério a receber no coração e na vida e pelo qual devemos agradecer sempre ao Senhor. A Fé é um dom que nos é dado para ser partilhado; é um talento recebido para que produza frutos; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa» diz o papa Bento XVI. A fé não se refere a coisas, a teorias, a ideologias, refere-se a uma pessoa: o Menino que é a Luz do mundo, o Sol que ilumina tudo e todos. «Tudo se define a partir de Cristo».  

Solfejai estas notas e que este Natal leve cada um a seu modo a cantar melodias de Amor e de Paz. 

Desejamos a todos os nossos amigos, colaboradores e benfeitores um FELIZ NATAL cheio de bênçãos de Deus. Que o Novo Ano de 2013 seja um Ano de MISSÃO e de Fé.

Texto: P. António Lopes, SVD
Foto: OMP



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ADVENTO, TEMPO PROPÍCIO PARA VIVER A MISSÃO E TRANSMITIR A FÉ



A partir do próximo Domingo entramos no tempo do Advento. O Advento é mais espiritual que cronológico, porque mais do que um tempo, é uma atitude. Não estamos em Advento porque calha, mas porque queremos cultivar a esperança. É precisamente isso que fazemos com a coroa de advento. Nos braços da natureza de Outono colocam-se quatro velas que se vão acendendo progressivamente ao ritmo das semanas que faltam para o Natal. E se neste tempo caiem as folhas das árvores, nós acendemos velas de ilusão. Quer dizer, levantamos a esperança. Enquanto há vida há esperança, dizemos nós. Mas também podemos dizer, enquanto há esperança há vida. Sempre estamos à espera do menino que vai nascer. A vida é parto. Algo novo e melhor tem que suceder; algo novo e melhor tem que te suceder a ti. E sempre estamos à espera do MENINO que vai nascer. MENINO com maiúsculas. Oxalá rasgasses os céus e descesses! (Is 63,19), rezamos nós. Parece um sonho, mas o céu rasgou-se e o céu fez-se Menino. O céu e a terra abraçam-se para sempre. Já não há nada que temer. Já estão permitidos todos os sonhos. Com crescente confiança daremos testemunho do Evangelho do Senhor.

Texto: P. António Lopes
Foto: Lusa

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CARTA DA ESPERANÇA - FÓRUM ECUMÉNICO JOVEM



Mais de 200 jovens, vindos de todo o país, responderam ao convite das Igrejas Católica, Lusitana, Metodista e Presbiteriana e participaram no XIV FEJ, realizado no Colégio Salesiano do Porto, a 10 de Novembro.
O evento abriu com uma celebração ecuménica, a que se seguiram workshops sobre ‘retratos da realidade juvenil no mundo social, universitário e laboral’. Após almoço de confraternização, a tarde foi marcada por grupos de reflexão sobre ‘os caminhos da esperança’, havendo um espaço especial para os mais jovens.
Na celebração de envio, foi lida e assinada a ‘Carta da Esperança’, que está disponível em www.ecumenismojovem.org.

Carta da Esperança

Os jovens cristãos reunidos no XIV Fórum Ecuménico (FEJ 2012), apoiados pelos seus hierarcas presentes, aceitam viver este tempo tão particular da sociedade portuguesa como um momento de esperança.
Interpelados pela exortação bíblica “Valoriza a juventude que há em ti!” (1 Tim 4,12), os jovens presentes descobrem-se chamados a valorizar os seus dons, num mesmo compromisso e animados pela mesma esperança. Por isso…  
Somos chamados à comunhão, e queremos viver na esperança de um dia superarmos as divisões que ainda existem entre nós.
Somos chamados à missão, pois temos a esperança de anunciar juntos, de forma credível, pela palavra e pela ação, a mensagem do Evangelho.
Somos chamados a construir mais justiça, pois mantemos acesa a chama da esperança de vivermos num mundo onde todas as pessoas serão respeitadas na sua dignidade.
Somos chamados ao compromisso por uma Europa mais humana e social, onde vençam os direitos humanos, a paz, a liberdade, a tolerância, a participação e a solidariedade entre todos.
Somos chamados ao perdão, com a esperança de resolvermos pacificamente todos os conflitos.
Somos chamados a uma cidadania responsável, com a esperança de combatermos o desemprego, a discriminação racial, a xenofobia, a exclusão.
Somo chamados a uma consciência ecológica, com a esperança de que o nosso mundo será sustentável e a mãe natureza a casa comum de todos.
Somos chamados a servir, vendo em cada pessoa uma irmã ou um irmão, com a esperança bíblica de que é dando que se recebe.
Somos chamados a espalhar a alegria de sermos filhas e filhos amados de Deus, para encontrarmos um sentido para a vida mesmo nos dias mais cinzentos.
Somos chamados a despertar e a procurar Deus com a esperança de que um dia encontraremos o Seu olhar de ternura.
Somos chamados a ser sal e luz com a esperança de que Cristo dá sabor às nossas vidas e ilumina os nossos caminhos.
Somos chamados a dar de graça porque de graça tudo recebemos das mãos de Deus.
Somos chamados à simplicidade de vida, para que o essencial resplandeça nas nossas opções e no nosso jeito de ser.
Somos chamados a gritar bem alto a nossa esperança porque, mesmo em tempo de crise profunda, quem a Deus tem nada lhe falta, pois só Ele basta.

O ecumenismo continua…

A próxima etapa da vivência ecuménica será a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, de 18 a 25 de Janeiro.

Tony Neves
Equipa Ecuménica Jovem

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DESTE PARA OUTRO...MUNDO - Exposição Missionária virtual


http://www.exposicaomissionaria.org/


Foram muitas as pessoas que, durante seis meses, passaram por Fátima, Portugal, e se deixaram encontrar pela exposição missionária: Alarga o espaço da tua tenda. Foram experiências e missão a acontecer!
Há porém muita outra gente que não passou por Fátima. Entre esta estás tu que viajas por caminhos até há pouco desconhecidos, e você que se deixou apaixonar ou precisou de percorrer estes caminhos que levam a outros encontros e a outros mundos.
É por isso que fazemos esta proposta: caminhar pelo virtual. Está aí para ti, para si, a possibilidade de entrar nesta exposição missionária e alargar a tua/sua tenda. É a possibilidade de mais um encontro.
É só entrar (Enter) e… descobrir… e convidar outros.

P. Alberto Silva



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

IDE PELO MUNDO INTEIRO E ANUNCIAI O EVANGELHO



Estamos a poucos dias do Dia Mundial da Missão, o próximo domingo dia 21. Um dia que nos é dado como uma boa ocasião para revigorar a fé. A fé que nos faz rasgar horizontes, derrubar barreiras e ver a vida como um dom de Deus. Um dom que queremos anunciar.

«Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho» (Mc 16, 15). Este foi o mandamento explícito do Senhor aos seus discípulos antes de subir ao céu. Através dos séculos os cristãos escutaram estas palavras e acolheram-nas. Cada geração deve escutar e acolher este mandamento missionário de Cristo e é a nós, hoje, que compete fazê-lo nas circunstâncias históricas em que vivemos.

Acreditar, para os primeiros cristãos, não era nem um suplemento, nem uma realidade supérflua da sua existência. Era algo de decisivo. Eles viviam com a consciência clara de serem a luz do mundo e o sal da terra, e que a Boa Nova do Evangelho era o fermento no meio da massa de uma sociedade pagã. 

Ide, significa ir ao encontro dos outros. Ir à sua procura. É preciso encontrar o homem que perdeu o caminho do seu ser cristão. Ir para evangelizar o vasto mundo do trabalho, da cultura e da sociedade para que cada uma das profissões sejam exercidas com justiça e caridade evangélicas.

Ir significa começar a viver um cristianismo dinâmico  cheio de zelo para não o deixar reduzir às cinzas de uma fé rotineira ou de algumas práticas religiosas sem vida. De qualquer posto de trabalho e de todo o lugar, o cristão que experimentou a amizade de Cristo, viverá sempre com o ardente desejo de o dar a conhecer indo ao encontro do homem que sente sede de Deus.

O Evangelho não se anunciou de uma vez por todas na história. Ele tem de ser proclamado com ardor em cada época. Pertence-nos a nós proclamá-lo com vigor e com paixão na nossa época.

Mas não basta sair à rua ou empregar novas fórmulas de apostolado se no interior de cada um de nós não pulsar um coração de apóstolo. É necessário, antes de mais, formar um coração apostólico. É preciso lembrar que se é apóstolo a partir do interior e que não são as circunstâncias exteriores que nos constituem como tal. Não somos apóstolos porque exercemos uma responsabilidade, uma actividade apostólica ou um ministério, nem porque desejamos vagamente fazer qualquer coisa pelos outros. Somos apóstolos por vocação, porque Jesus Cristo nos chamou a levar ao mundo inteiro o seu Reino de paz, de justiça e de amor. Somos apóstolos, cada um de nós, na medida em que estamos unidos a Cristo pela graça do baptismo e nos identificamos com a sua missão redemptora.   

A urgência do apostolado vem do interior, do amor que cada um professa na sua relação com Cristo. Se não existir um amor verdadeiro por Cristo e pelo próximo, não existe apóstolo autêntico. Ser apóstolo é a componente essencial do cristão. É por isso que anunciar o Evangelho não é uma tarefa ao lado de muitas outras. É a missão à volta da qual o cristão deve polarizar a sua vida. Não se é apóstolo a determinadas horas e a determinados dias. Toda a vida do cristão é uma vida apostólica porque cada momento da vida é uma ocasião propícia que Deus lhe oferece para a anunciar o Evangelho de Jesus e proclamar a vinda do seu Reino.

Que este dia Mundial da Missão seja para todos nós a ocasião propícia de renovarmos o nosso ser apóstolo do Reino de Deus. Sentirmos em nós o desejo ardente que todos os homens conheçam Jesus Cristo para que depois, com toda a liberdade e clareza de espírito possam dizer: "Eu também quero ser de Cristo".

Que através das vossas orações e dos vossos dons generosos, o Reino de Deus possa chegar a toda a humanidade. 

« Hoje não é o momento de esconder o Evangelho, mas de o gritar sobre os telhados» (Cf. Mt 10, 27 ).

Texto: P. António Lopes, SVD
Foto: Tony Neves

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

JORNADAS MISSIONÁRIAS 2012 - PARTICIPA!


Nos dias 14, 15 e 16 de Setembro realizam-se as Jornadas Missionárias em Fátima, com o tema: “Vaticano II 50 anos. Missão, Memória e Profecia” promovidas pelas OMP. Aí teremos a oportunidade de tomar consciência de ser Missão ontem e hoje ao fazermos memória do Concílio Vaticano II e as suas implicações para hoje. Depois somos levados até à Missão e Profecia, testemunho vivo de quem no terreno vive as dificuldades e o martírio de propor o Deus de Jesus Cristo à humanidade. Em seguida entraremos na alma da missão, quer dizer, saber a que fonte ir beber a “água fresca” do ardor missionário. E para que essa experiência se faça realidade teremos este ano alguns workshops que nos ajudarão a compreender melhor como “fazer” missão.
As jornadas terão a sua conclusão com a celebração no recinto do Santuário. É que a Missão não é “coisa” de alguns, é de todos e para todos. Participa! Faça a sua inscrições Online!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

IR DE FÉRIAS COM JESUS


Há tempos alguém me perguntou se Jesus também fazia férias. Intrigado, procurei e encontrei em Marcos 6,31 uma indicação daquilo a que poderíamos chamar as férias de Jesus com os discípulos.
Diz o texto que se retiraram a um lugar tranquilo. Podia eu dizer: foram de férias. Quantos dias? Talvez não muitos, mas os suficientes para contemplar o caminho e as experiências vividas.
Os discípulos tinham sido enviados em missão (Mc 6,7-12). Viveram experiências inéditas. Umas boas, outras, talvez, menos boas. Agora regressam e contam tudo o que fizeram. Todos querem contar ao mesmo tempo. O entusiasmo é tanto que até se atrapalham uns aos outros. Jesus diz-lhes que é melhor tirar um tempo para descansar, não só do trabalho realizado, mas também para apaziguar o entusiasmo, não vá ele toldar-lhes a visão da realidade. Um tempo para responderem à questão: O que é que vistes e ouvistes?
Este tempo estival traz com ele esperança, luz e calor. É um convite a encontrar no coração da natureza os frutos da criação. As férias são esse tempo de descanso e procura, de lazer e de encontro.
Este “ir de férias” é um convite pessoal da parte de Jesus a ter tempo de nos maravilharmos. No coração da criação, na montanha ou na planície, à beira mar ou à beira rio, somos convidados a levantar o olhar para o céu iluminado de constelações, a deixar-se surpreender pela natureza. A elevar o coração para as pessoas que me revelam a presença vivificante e dinâmica de Deus.
Jesus convida-me a “ir de férias”, a um lugar sossegado, não para me isolar do mundo mas para passar algum tempo com Ele, na sua presença, no calor da sua companhia.
Esse lugar sossegado com Jesus é:
Uma ajuda aos amigos que precisam de uma mãozinha em algum trabalho. Uma visita aos familiares. Fazer silêncio para escutar, ler, rezar. Dar-me tempo para recuperar forças perdidas em tantas “lutas”. Deixar-me estar rodeado pela presença amiga das pessoas que vivem à minha volta. 
Dedicar um tempo à generosidade, a fazer voluntariado. O voluntariado irradia a bondade de cada um que se cristaliza numa ampla geografia de serviços de proximidade, onde o amor à pessoa ocupa o lugar central.
Ir de férias com Jesus é estar atento a todos os momentos de encontro com o Ressuscitado. É maravilhar-se com os múltiplos sinais de amor e libertação do Senhor no quotidiano da vida. É o “estudar” com Ele os dossiês da paz, da justiça, da luta contra a pobreza, do desenvolvimento internacional,… para que à “rentrée” tenhamos a força de acreditar que com a nossa ação, um outro mundo é possível e necessário (Mc 6,34-44).

Boas férias!

Texto: P. António Lopes
Foto: João Cláudio Fernandes

quinta-feira, 14 de junho de 2012

INSCRIÇÕES E PROGRAMA - JORNADAS MISSIONÁRIAS 2012




PROGRAMA

Dia 14 (Sexta-Feira)
17.00h   Acolhimento – Paulo VI - Secretariado
19.00h   EUCARISTIA – Sala Bom Pastor
20.00h   Jantar
21.30h   Missão, ontem e hoje
             P. José Antunes da Silva, SVD

Dia 15 (Sábado)
09.00h   Oração da manhã
09.30h   Missão e Profecia
             D. Henri Teissier, Bispo Emérito da Argélia
11.00h   A Alma da Missão
            D. António Couto, Presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização
13.00h   Almoço
16.00h   Workshop’s
            1. Missão e Infância (Celina Machado, Infância Missionária de Pinheiro da Bemposta)
            2. Missão e Juventude (P. Eduardo Novo, Director Nacional da Pastoral Juvenil)
            3. Missão e Voluntariado (Ana Patrícia, FEC)
            4. Missão e Igreja Local (P. David Nogueira, Director Diocesano OMP- Leiria)
18.00h   Plenário
19.00h   EUCARISTIA
20.00h   Jantar
21.30h   Sessão Cultural

Dia 16 (Domingo)
10.00h   Terço - Capelinha
11.00h   EUCARISTIA – Santuário de Fátima
13.00h   Almoço

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MISSIONÁRIOS PORTUGUESES EM MISSÃO 'AD GENTES'



Os dados estatísticos mais recentes dos missionários portugueses a trabalhar nos quatro continentes revelam que, actualmente, existem 699 missionários, menos 84 do que em 2009. O Brasil é o país que acolhe mais missionários e missionárias consagrados (81), sendo Moçambique o destino mais procurado pelos missionários leigos. Na globalidade, África é onde está o maior número de evangelizadores portugueses (464).

Os missionários e missionárias leigos são neste momento em maior número (287), estando grande parte concentrada no continente africano (264), seguindo-se a América (18) e Ásia (85). O mesmo acontece com os missionários consagrados. Dos 203 homens, 116 estão em África, 54 no continente americano, 19 na Europa e 14 na Ásia. As mulheres missionárias (209) também preferem em primeiro lugar o continente africano (84), depois a América (53), Europa (51) e Ásia (21).

segunda-feira, 7 de maio de 2012

"ALARGA O ESPAÇO DA TUA TENDA" - Exposição Missionária



De 12 de Maio a 31 de Outubro de 2012 estará aberta ao público, em Fátima, no Convivium de Santo Agostinho (cripta da igreja da Santíssima Trindade), das 9 às 19hs (Todos os dias), a Exposição Missionária que nasce da parceria entre o Santuário de Fátima, os Institutos Missionários ad gentes e as Obras Missionárias Pontifícias.  

Este evento, imbuído da paixão pela Missão, pretende levar à renovação do entusiasmo pela Missão da Igreja em Portugal. O título – alarga o espaço da tua tenda – tomado do livro de Isaías, pretende levar-nos àquela atitude de quem se encontra de coração aberto para acolher o outro e ir ao encontro do outro.

Trata-se de um projeto que foi amadurecendo durante alguns anos e que nos últimos tempos tomou a forma em que agora se apresenta como um presente para quem o queira receber e descobrir. Para isso contribuiu também a carta pastoral dos nossos bispos, “Como Eu vos fiz, fazei vós também”. Para um rosto missionário da Igreja em Portugal. Passos de uma Igreja que tem a sua origem na Missão, vive da Missão e para a Missão.

Ao longo de quatro núcleos, o visitante poderá sentir, gostar e deixar-se envolver pelo espaço que procura acolhê-lo e acompanhá-lo como o hóspede que há muito era esperado. Ali se encontrará com a origem da Missão e com aqueles e aquelas, que a foram encarnando ao longo dos tempos. Trata-se de um caminho e, como tal, em construção. Uma obra para ver, deixar-se envolver e sentir-se como operário que vai colocando o seu tijolo neste grandioso projeto. E ali encontrará gente que o acompanha; ali encontrará a Mãe que acolheu a Palavra e que hoje a continua a dar ao nosso mundo. Uma Mãe que caminha com os seus filhos.

Tudo isto num tempo em que o Santuário de Fátima se prepara para a celebração do Centenário das aparições e num contexto em que a Igreja apela e procura encontrar caminhos para a Nova Evangelização. Aceite o nosso convite. Venha até Fátima, percorra os caminhos que o lugar lhe sugere até chegar e descer as escadas, ou a rampa, para a cripta da igreja da Santíssima Trindade. É aí que se pode encontrar com a Exposição Missionária, entrar e… alargar o espaço da sua tenda. 

sexta-feira, 30 de março de 2012

PÁSCOA, O VALOR DA COMUNHÃO


Conta-se que uma tarde, no mundo das matemáticas onde tudo é exato, começou uma grande discussão porque cada número queria demonstrar que era o mais responsável e o mais valioso de todos.

- Eu sou o de maior responsabilidade e importância, disse o número 1, porque para tudo sou o primeiro.
- Não, interrompeu o número 2. Eu sou o mais responsável, porque para que haja vida é necessário um casal, e sem mim não existia.

O número 3, rindo-se dos seus companheiros, disse: - Eu represento a Santíssima Trindade e por tal responsabilidade ninguém pode negar que sou o mais importante.

O número 4 quis mostrar a sua grande responsabilidade e importância e falou de cadeiras, mesas, camas, animais e todas as coisas que têm quatro pernas, para além das quatro estações do ano e que sem ele não podiam existir.

A discussão estava cada vez mais acesa e alguns números que no princípio nem queriam intervir, terminaram por defender o seu valor.

- Para que as mãos tenham cinco dedos e também cinco dedos os pés, para além dos cinco sentidos que passam pela minha responsabilidade, que seria dos homens sem mim, o número5?

O número 6 também não quis ficar calado. Deus criou o homem ao sexto dia, por isso a minha responsabilidade e transcendência é muito maior. Sem mim, nenhum de vós serviria para nada.

- Desculpa, disse o número 7, se a conversa vai por aí, então tenham em conta que eu represento o 7º dia e fui declarado santo pelo próprio Deus. Quem pode duvidar que eu sou o de maior responsabilidade e o de maior importância em relação a todos vós?

Por um momento todos ficaram sem fala, até que o número 8 levantou a voz e disse: - Esta discussão parece-me absurda. Mas se tenho alguma coisa que dizer, tenho de afirmar que, digam o que digam, eu sou o maior de todos, pois tenho mais valor, importância e responsabilidade.

Houve de novo um grande alvoroço e começaram todos a discutir. O número 9 olhou para o 8 de soslaio e com ares de superioridade disse: - Como vocês saberão, aqui termina a discussão porque eu sou o número com maior responsabilidade, até porque sou o mais valioso de todos e nenhum de vocês pode mudar essa evidência.

Terminara de falar o número 9 quando o zero (0) muito sério e enfadado por ter escutado tantas tontarias juntas, quis falar. Ia tomar a palavra quando, ao vê-lo, todos os números se puseram a rir e a perguntar:
-Que nos poderá este dizer? Que responsabilidade terá? Não é ele um Zero?

O zero (0) começou por dizer: - É bem sabido que nenhum de nós é igual. Também nenhum de nós tem o mesmo valor e a mesma responsabilidade. Contudo creio que nenhum é melhor do que o outro, apesar de que cada um tenha os seus motivos de sentir-se orgulhoso de ser quem é.
Ao escutarem as palavras do zero (0), todos os números começaram a juntar-se uns aos outros formando dezenas, centenas, milhares e milhões e desse modo deram-se conta que unindo-se cada vez mais, o seu valor era infinito.

Então começaram a dançar e a divertir-se. O zero (0), contentíssimo, disse: Como todos podeis apreciar, eu, sem dúvida, não teria nenhuma responsabilidade e valor sem os outros. Isso faz-me pensar que temos uma grande missão: mostrar aos homens que eles são como os números. Cada um é diferente e tem distinta responsabilidade e valor, mas nenhum é melhor nem mais importante que o outro. Sozinhos de pouco valem, mas unidos conseguirão um mundo melhor. Um mundo onde a responsabilidade e o valor de cada um contribuirão para a felicidade de todos.
Feliz Páscoa!  

Texto: P. António Lopes
Foto: João Cláudio

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

'MISSÃO HOJE'


Começa hoje, às 21.30h, na Igreja de Miraflores, o curso ‘Missão Hoje’, promovido pelo Sector de Animação Missionária Patriarcado de Lisboa, através da Escola Diocesana de Leigos. Ao longo das 15 sessões serão abordadas várias temáticas ligadas à missão: Espiritualidade; Vocação; Justiça, Paz e Integridade da Criação; entre outras. Para mais informações e inscrições, os interessados podem fazê-lo através dos telefones 213558026 e 916209919 (das 14h30 às 17h30) ou através do e-mail da Escola de Leigos ou do Serviço de Animação Missionária.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SEGUINDO O ‘BOM PASTOR’ – Missão em Portugal



“Uma comunidade evangelizadora sente-se continuamente obrigada a expandir a sua presença missionária em todo o território confiado ao seu cuidado pastoral e também na missão orientada para outros povos”(6). 
Convosco, gostava de aprofundar melhor este nº 6 da Carta Pastoral que fala do Bom Pastor, transparência do amor de Deus. E faço-o sublinhando alguns pontos:

1. O Bom Pastor “chama”. É ele quem vem ao encontro de cada um onde quer que se encontre.
Aquele que escuta a Sua voz e se sente interpelado não deixa de fazer aos outros o mesmo convite de Jesus: “Vinde e vede!” (Jo 1,39).

2. Cada um encontra-se “chamado pelo seu nome”. Trata-se de um “conhecimento recíproco”.
Face a uma sociedade favorável ao individualismo, ao anonimato e à etiquetagem numérica das pessoas, é nossa missão promover a pessoa no seu todo para que se sinta parte integrante de uma comunidade.
Nesta perspetiva era bom que se levasse a sério a proposta que aparece no Carta Pastoral: “Torna-se necessário fazer surgir na Igreja Portuguesa Centros Missionários Diocesanos (CMD) e Grupos Missionários Paroquiais (GMP) para que em consonância com as OMP e os Centros de animação missionária dos Institutos Missionários, possam fazer com que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã” (20).

3. O Bom Pastor caminha “à frente” das ovelhas.
A missão leva-nos a “saber aproveitar todas as oportunidades, mas também a saber provocá-las, e lançar mão de capacidades e aptidões, e a saber cultivá-las, para oferecer o Evangelho ao nosso mundo” (26).
É fundamental não ter apenas as crianças e os jovens como simples destinatários da ação missionária da Igreja; é preciso olhá-los como agentes dessa ação missionária até ao ponto de terem a ousadia de partilhar a própria fé além-fronteiras.

4. O Bom Pastor “dá a vida pelas suas ovelhas”. É um ideal nobre que urge e exige de nós a entrega da nossa vida.
É tarefa do Centro Missionário Diocesano ser “o propulsor da consciência e do empenho missionário da Igreja Diocesana, ajudando-a a viver a sua identidade missionária traduzida no empenho específico do anúncio do Evangelho a todas as pessoas, em toda a parte e imprimindo uma dinâmica missionária a toda a atividade diocesana”(21). 

5. O Bom Pastor tem “ainda outras ovelhas que não são deste redil”. A vocação missionária impele-nos a contatar com todas as pessoas que procuram Deus e também com todas aquelas que não pertencem a nenhuma comunidade de fé, empenhando-nos com paixão na chamada primeira evangelização e na “nova evangelização”.
É imperioso constituir, preparar e formar grupos consistentes de evangelização, que no coração do mundo, sintam a alegria de levar o Evangelho a todos os sectores da vida, desde a família, à escola, ao trabalho, aos tempos livres, à solidão, à dor.
“Cada Igreja particular é responsável de toda a missão” (17). Seria bom que as dioceses portuguesas se abrissem às necessidades das outras Igrejas, partilhando generosamente não apenas os dons, mas também os seus sacerdotes. 

A Carta Pastoral interpela a todos, bispos, sacerdotes, leigos. Ela lança desafios que devemos encarar com serenidade, com fé e com ardor.

Texto: P. António Lopes, SVD - Publicação conjunta da MissãoPress
Foto: JCF

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ENCONTRO DOS DIRECTORES DIOCESANOS DAS OMP


No passado dia 24 de Janeiro, na Casa da Senhora das Dores, em Fátima, reuniram-se os directores dos Secretariados Diocesanos das Obras Missionárias Pontifícias (OMP). Recentemente escolhido como Director Nacional, o P. António Lopes, presidiu a este primeiro encontro. Participaram a maioria dos directores, havendo alguns que, por estarem em formação ou retiro, justificaram a sua ausência. De salientar, a presença da Diocese de Aveiro, cujo director é um leigo.

Após o acolhimento e a oração, houve uma partilha das luzes e sombras, das dificuldades e alegrias, das novas perspectivas de trabalho a partir da Carta Pastoral “Como eu vos fiz, fazei vós também” – Para um rosto missionário da Igreja em Portugal.

Uns há mais anos, outros a começar este serviço, foram relatando as experiências, as acções missionárias diocesanas e os caminhos percorridos. A diocese do Porto, “Missão na Cidade - 2010”, foi o exemplo mais marcante e divulgado. Com acções mais abrangentes e mais visíveis, com momentos de oração/vigília e de reflexão, uns e outros testemunharam o seu empenho. Todavia, alguns dos presentes, relataram a sua falta de tempo para se dedicar, por inteiro, a este serviço, pois as muitas solicitações diocesanas ou paroquiais, não permitem a disponibilidade necessária. Outros, testemunharam alguma resistência a acções missionárias, por parte de alguns sacerdotes e comunidades, pois mexem com os programas e rotinas paroquiais.

O P. Tony Neves, destacou a vivência da Vigília Ecuménica Jovem, que decorreu a 21 de Janeiro, na igreja de S. Tomás de Aquino – Lisboa, que juntou mais de seiscentas pessoas. Também deu a conhecer o Curso “Missão hoje”, promovido pela Escola Diocesana de Leigos, que se realiza todas as segundas feiras, de Fevereiro a Junho, com 15 sessões, todas elas reflectindo temáticas missionárias.

Feita esta partilha, rica de experiências e capaz de motivar acções nesta ou naquela diocese, reflectimos sobre as Jornadas Missionárias a nível nacional, que se realizam em Fátima, todos os anos, em Setembro. Falou-se no modelo, nas temáticas, na alternância, por dioceses – um ano em Fátima, outro ano, numa diocese -, na criação de um momento final abrangente a todos os grupos missionários (tipo peregrinação, no último dia das jornadas). Estas jornadas tiveram o seu ponto alto no Congresso Missionário, em 2008 e, todos os anos, reúne cerca de cinco centenas de missionários, grande parte deles, gente jovem, ligada aos Institutos Missionários.

Um outro assunto abordado foi a divulgação das Obras Missionárias, nomeadamente a Infância Missionária, a Obra de S. Pedro Apóstolo e a União Missionária do Clero (procurar mais em www.opf.pt). Trocaram-se ideias sobre a Infância Missionária, a partir das experiencias dos Açores e do Algarve. O director nacional, em reunião europeia para este sector, vai inteirar-se do modo como outros países a animam e divulgam. Todos acolheram a ideia de tornar mais visível esta Obra, a partir da catequese e das famílias.

Abordou-se ainda a necessidade de reuniões anuais para os directores diocesanos, da partilha de experiências e comunicação das mesmas, através dos meios técnicos disponíveis; falou-se ainda da elaboração e distribuição dos apoios temáticos para o Outubro Missionário, das acções diocesanas ou paroquiais de reflexão e estudo para leigos, religiosos e sacerdotes da Carta Pastoral, bem como do Curso de Missiologia (Agosto – Fátima) e da Exposição Missionária (Fátima, de Maio a Outubro).

Os directores presentes sentiam a necessidade deste encontro e o mesmo ajudou a ver mais claro o dinamismo missionário das dioceses. Os desafios continuam, as experiências partilhadas apontam caminhos, a comunhão de esforços cria novas energias e potencialidades.

Valeu a pena o encontro: a Missão urge! O Mestre continua a dizer: “Ide e anunciai a Boa nova a todos os povos!”

P. Agostinho Sousa
Director Diocesano de Beja

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

“NÓS VIMOS A SUA ESTRELA”


“Nós vimos a sua estrela”(Mt 2,2)

Hoje é Epifania ou a manifestação de Deus aos homens. Deus foi-se manifestando progressivamente e de muitas maneiras (cf. Heb 1,1-2). A manifestação plena e esplêndida foi em Jesus Cristo.
Hoje é um dia missionário. É preciso que todos os povos vejam a estrela de Cristo, como os Magos. Os missionários querem ser estrelas com a sua palavra, com a sua entrega, com o seu compromisso, com um amor total de encarnação, paixão e Páscoa. Sê tu também um missionário em família, no ambiente de trabalho, na escola esforçando-te por ofereceres estrelas de amor, paz, alegria, felicidade a todos e a cada um.
A todos, votos de um Bom Ano 2012.