segunda-feira, 14 de novembro de 2016

XVIII FÓRUM ECUMÉNICO JOVEM 2016 - Aveiro


Atacar e matar todas as fomes

‘Dai-lhes vós de comer’ (Mt 14,16) foi a ordem de Jesus que se transformou em lema da XVIII edição do Fórum Ecuménico Jovem (FEJ 2016), realizado a 12 de Novembro no Seminário de S. Joana Princesa.

D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, cumpriu bem o seu papel de anfitrião dando as boas vindas e participando neste FEJ. D. Sifredo Teixeira, Presidente do Conselho Português das Igrejas Cristãs, também saudou os cerca de 300 jovens idos de muitos pontos do país.

O aprofundamento do tema coube ao P. João Gonçalves, responsável pela coordenação da pastoral prisional católica e por diversas obras sociais em Aveiro. Chamou a atenção para a tentação de ‘mandar a malta embora’ quando o que se exige é convidar a sentar e repartir o pão, como fez Jesus. É preciso ver a multidão com problemas, senti-los, ter compaixão e tentar resolver. O tema do FEJ surgiu do Ano Europeu contra o Desperdício Alimentar, proposto pela União Europeia.  Por isso, o P. João lembrou números da FAO /ONU que dizem que cada pessoa da Europa desperdiça 132 kgs de comida por ano! Evocou ainda outras fomes como a de escuta, de afectos e de valores. Concluiu que temos que ter olhos no coração e ser a voz e a vez dos sem vez e sem voz.

O tempo de reflexão em grupos (20) permitiu aprofundar o tema e reflectir a partir de questões e de objectos escolhidos pela organização.

Mantendo uma tradição que vem do I FEJ (1999), o almoço foi partilhado, sendo um tempo e  um espaço de  confraternização entre os jovens vindos de várias partes de Portugal e pertencentes a diversas Igrejas.

A tarde deveria ser de saída às ruas de Aveiro para descobrir muros e pontes construídas para unir ou separar as pessoas. Mas a chuva obrigou a alterar planos e os 20 grupos partilharam as reflexões, com o P. João comentar e complementar. Também houve tempo para se escutar a história dos XVII FEJs já realizados, bem como de outras iniciativas promovidas pela Equipa Ecuménica Jovem.

Momento alto foi o da Celebração Final com a participação das três centenas de jovens e de uma quinzena de hierarcas das Igrejas. Simbólica foi a partilha de um grande pão pelos jovens e a colocação, junto ao altar da Capela do Seminário, de numerosos produtos de higiene que os jovens ofereceram às Florinhas do Vouga, uma das Obras Sociais da Diocese de Aveiro.

Na hora da despedida era grande a cumplicidade que já se sentia entre os jovens e a gratidão especial aos departamentos de Aveiro da Pastoral Juvenil das Igrejas Católica e Metodista, anfitriões. As Igrejas organizadoras (Católica, Metodista, Lusitana e Presbiteriana) prometem já a edição do XIX FEJ em Novembro de 2017.




Texto: Tony Neves
Fotos: João Fernandes

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

NÃO PODES IR MAS PODES AJUDAR…



A missão é de Deus na qual somos chamados a cooperar. O Mês Missionário tem a sua origem no Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de outubro). A data foi instituída pelo papa Pio XI em 1926, como um Dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos.  O objectivo é incentivar, nas Igrejas locais, a cooperação missionária. São apenas alguns os missionários e missionárias que partem. Porém, toda a comunidade tem o dever de participar ativamente na missão universal. Essa cooperação realiza-se de três formas: 1º pela oração, sacrifício e testemunho de vida; 2º por meio da ajuda material aos projetos missionários; 3º colocando-se à disposição para servir na missão ad gentes. As missões precisam de missionários e missionárias. Não podes ir mas podes ajudar! 

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

JORNADAS MISSIONÁRIAS 2016



JORNADAS MISSIONÁRIAS 2016 

As Jornadas Missionárias que se realizam nos dia 17 e 18 de Setembro em Fátima, têm como tema: “Missão com histórias de misericórdia”. 

O Papa Francisco diz-nos: “A missão (…) faz parte da “gramática” da fé, é algo de imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai” (Mensagem para o dia Mundial das Missões 2015). E convida-nos a “Olhar a missão ad gentes como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material”, convidando-nos todos a “sair”, como discípulos missionários” (Mensagem para o dia Mundial das Missões 2016).

O missionário impulsionado por esse “sussurro do Espírito” vê a realidade, onde quer que se encontre, desde o coração de Deus. Daí a necessidade de estar sempre atento, desperto, olhando a realidade com olhos novos, porque em qualquer momento pode surgir algo de maravilhoso.
Das múltiplas realidades calcorreadas pelos missionários, da Amazónia ao Sudão, do Japão à República da África Central, da Síria até Portugal, onde a realidade parece toldar o olhar e entristecer o coração; onde tudo parece incerto, ameaçador e, até, misterioso, o missionário com uma sensibilidade diferente, sente no seu coração a certeza da criatividade de Deus que não nos deixa à superfície das coisas mas nos leva até à interioridade de tudo o criado.

O missionário sabe que a fé é um dom que não se pode guardar, nem sequer nos lugares onde manifestá-la o põe em perigo, nomeadamente nos países do Médio-Oriente. Ele só quer que a chama de Jesus ressuscitado ilumine outras pessoas e outras realidades. Ele sabe que a força não está no número, mas no ardor que coloca em viver a Paixão por Jesus e o seu Reino.

É nos Evangelhos que o missionário descobre como agir à maneira de Jesus. Ele vê como Jesus se aproxima das pessoas, caminha com elas, ouve-as, faz-lhes perguntas, ensina-as com paciência, trata-as com ternura, mostra-lhes a sua misericórdia com gestos de amor, libertando-as de todo o mal.
A missão é todo este retrato de Jesus em acção. É o saber caminhar com as pessoas nos seus ambientes próprios e levá-las a descobrir a presença de Jesus Cristo nas suas vidas, enchendo-as de alegria e esperança, capaz de gerar processos de conversão, discipulado, comunhão, solidariedade e, naturalmente, missão em cada situação humana e em cada pessoa.
 
As Jornadas Missionárias são para todos nós a ocasião de escutar, ver e palpar as histórias de misericórdia de homens e mulheres que no encontro, no diálogo e na procura mútua procuram ajudar a Igreja a “sair” de si mesma e dar resposta, desde o Evangelho, a este mundo plural e necessitado de muito amor e misericórdia.

As inscrições online  estão abertas. Contamos convosco!!!
Link para o formulário online: http://www.opf.pt/index.php/jornadas-missionarias-2016/online-jornadas
 
P. António Lopes, SVD
Director Nacional OMP

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Encontro - Formação - Infância Missionária


No dia 23 de Abril de 2016 realizar-se-á um encontro de formação para todos os responsáveis da Infância Missionária das dioceses. Este segundo encontro orientado pelo P. John Mário iniciará os trabalhos, às 09H30, no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, abordando três pontos centrais:

1. Metodologia e a pedagogia da Infância Missionária
2. Formação de equipas
3. Envio missionário


sexta-feira, 18 de março de 2016

CHAMADOS A ANUNCIAR A JUSTIÇA E A MISERICÓRDIA !


Páscoa, este tempo de luz, enche as nossas vidas de esperança, de santidade, de alegria.

Somos chamados a comunicar a nossa experiência, o nosso encontro com Jesus Ressuscitado. Assim o fizeram aqueles que descobriram o sepulcro vazio, ou quem o viu em pessoa, ou quem o descobriu ao partir o pão. Foram tantos os que o fizeram ao longo da história. E hoje tantos homens e mulheres nos lugares mais recônditos do nosso planeta continuam a comunicar essa experiência da alegria da Ressurreição. 

Estamos chamados a ser testemunhas. O papa Francisco convida-nos a sentir e viver este chamamento neste ano tão especial: “Um Ano Santo extraordinário para viver, na existência de cada dia, a misericórdia que o Pai, desde sempre, estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca Se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar connosco a sua vida. A Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a misericórdia de Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da misericórdia seu convicto anúncio. Sabe que a sua missão primeira, sobretudo numa época como a nossa cheia de grandes esperanças e fortes contradições, é a de introduzir a todos no grande mistério da misericórdia de Deus, contemplando o rosto de Cristo. A Igreja é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira testemunha da misericórdia, professando-a e vivendo-a como o centro da Revelação de Jesus Cristo. Do coração da Trindade, do íntimo mais profundo do mistério de Deus, brota e flui incessantemente a grande torrente da misericórdia. Esta fonte nunca poderá esgotar-se, por maior que seja o número daqueles que dela se abeirem. Sempre que alguém tiver necessidade poderá aceder a ela, porque a misericórdia de Deus não tem fim. Quanto insondável é a profundidade do mistério que encerra, tanto é inesgotável a riqueza que dela provém” (O rosto da misericórdia, 25).

Este tempo de Páscoa e este ano jubilar sejam para nós a experiência de “praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar humildemente com o nosso Deus” (cf. Miqueias 6,8).


Feliz Páscoa!

Texto: P. António Lopes
Imagem: Rupnik